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História e Cultura de Ubatuba


 

 

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            ORIGEM DO NOME: ETMOLÓGICA: UBA - cana silvestre, planta nativa da região e TUBA - abundância de plantas, sítio, pomar, portanto UBATUBA - sítio, pomar de UBAS. FOLCLÓRICA: A palavra Ubatuba significando muitas canoas vem dos indígenas, que nas lutas contra os portugueses, marcou esse lugar do litoral para ponto de reunião, alguns em canoas e outros menos numerosos por terra, coalhando assim a baia de Ubatuba com muitas canoas, chamando a atenção dos íncolas da Aldeia de Iperoig, resultando a exclamação "Ubá-Tuba!".
           
            HISTÓRIA DE UBATUBA: data de Emancipação Política : 28/10/1637 Ubatuba começa a aparecer na História do Brasil com o nome de Aldeia de Iperoig, nos relatórios do missionário José de Anchieta ao Provincial da Ordem dos Jesuítas, contando sobre os conflitos existentes na região. Os índios tupinambá foram os primeiros habitantes da região, eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios tupiniquim até a chegada dos portugueses e franceses que tentaram dominá-los e ficar com a terra,, os tupiniquim se aliaram aos portugueses e os tupinambá de Iperoig se organizaram para defender a terra, formando a CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIO (tamoio: Os mais antigos da terra) e passaram a enfrentar os estrangeiros (portugueses e franceses). Em 1563, os jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta partiram de São Vicente com destino a Aldeia de Iperoig com missão de pacificar os índios. Como os Confederados Tamoios desconfiaram da palavra dos portugueses, Anchieta ficou preso durante vários meses, enquanto Nóbrega voltou a São Vicente para finalizar o Tratado de Paz que passou a figurar na História do Brasil como "A PAZ DE IPEROIG" (Primeiro Tratado de Paz, firmado nas Américas). Anchieta enquanto prisioneiro escreveu na areia da Praia de Iperoig, o célebre "POEMA À VIRGEM", com 4.072 versos em latim. Foi nesta época também que o Alemão HANS STADEN ficou prisioneiro dos índios e dessa experiência resultou o livro: "DUAS VIAGENS AO BRASIL". Com a paz restabelecida, o Governador Geral do Rio de Janeiro, tomou providências para colonizar a área, com a intenção de assegurar a posse para a colônia de portugueses. A aldeia foi elevada a categoria de Vila em 28/10/1637 com o nome de VILA NOVA DA EXALTAÇÃO À SANTA CRUZ DO SALVADOR DE UBATUBA. No entanto Ubatuba começou a ser colonizado em 1600 por Inosenso de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correa de Sá e seu irmão Martim de Sà. Mais tarde a Donatária da Capitania, Mariana Souza Guerra doou a Sesmaria a Maria Alves que não podendo colonizar passou o registro das terras em 1610 para Jordão Homem da Costa, construindo a Capela de Nossa Senhora da Conceição continuando a colonização da Aldeia de Iperoig, que em 1637 foi elevada a Vila, com o nome de Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Durante o século XVII, a produção agrícola cresceu e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado Porto da Capitania de São Vicente. No entanto, a Vila de Ubatuba pertencia à jurisdição do Rio de Janeiro, até que uma ordem do Rei subordinou a São Paulo. Com esse ato, Bernardo José de Lorena, governador da Capitania de São Paulo, tinha poderes para manipular o controle do Porto, em 1789, esse governo determinou que "toda e qualquer exportação só poderia ser feita pelo Porto de Santos e diretamente ao Reino". Essa ordem causou grande impacto na agricultura e cultivo foi o início da "primeira decadência do município". Melo de Castro e Mendonça, sucessor de Bernardo José de Lorena, ao tomar posse em 28 de junho de 1797, logo procurou averiguar a razão das queixas dos habitantes do Litoral, verificou que a proibição da exportação era realmente um entrave a economia de Ubatuba., concedendo em 28 de setembro de 1798, a liberdade de comércio e livre exportação. De 1800 a 1890 Ubatuba teve o privilégio de ser uma cidade rica, por três vezes a arrecadação do município superou a de São Paulo, o motivo foi à reabertura do Porto. Os ricos exportadores voltaram a reativar seus negócios, nesse período foram construídos os mais imponentes prédios, casas de comércio, escritórios de exportação e luxuosas residências, evidenciando o teatro, onde atualmente funciona o Fórum da Comarca. Ubatuba chegava ao apogeu econômico e a euforia chegou a ponto dos exportadores planejarem uma ferrovia para modernizar o Porto e fazer concorrência com Santos e Rio de Janeiro e atender os agricultores do Sul de Minas. Mas a pressão dos concorrentes dos outros Portos fez com que o governo decretasse a primeira moratória do Brasil, par impedir a construção. Os ricos mudaram de cidade, ficaram os pobres e pequenos comerciantes vendo os imponentes sobrados sendo destruídos pelo abandono. . Uma tentativa de se construir uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita esperança, mas a proposta fracassou. A população diminuiu em duas mil pessoas. A estrada da serra ficou praticamente desativada e o tráfego marítimo foi reduzido a um navio de dez em dez dias, no caminho entre Santos e Rio de Janeiro. Ubatuba voltava ao isolamento, não havendo estrada terrestre ao longo do litoral, com toda a comunicação sendo realizada através de canoas. Somente em 21 de abril de 1933 houve uma nova esperança. Era o engenheiro mariano Montesanti que descia a serra no seu carro inaugurando a estrada que construiu, ligando o município a Taubaté por rodovia, o que despertou uma nova etapa na História de Ubatuba. Em 1948 conquistou a categoria de Estância Balneária,em 1950 os taubateanos iniciaram a construção de casas de veraneio e obteve um impulso em 1964, quando o industrial e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (o Ciccillo Matarazzo) foi eleito prefeito da cidade, e buscou seu desenvolvimento, convocando arquitetos e paisagistas, constituindo uma arquitetura com proporções bem resolvidas, simplicidade construtiva, linhas harmoniosas e respeito ao clima e ao meio ambiente. Hoje Ubatuba resgata seu passado na cultura caiçara, nas ruas, nas festas de origem portuguesa e nos edifícios históricos, revelando seu potencial como Estância Balneária para o Turismo. OBS.: Em 1637 a então Aldeia de Iperoig se tornou Vila com o nome de Vila da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Em 1855 se tornou Comarca de Ubatuba e em 1944 à Estância Balneária. (Dados coletados com o Historiador Edson da Silva).             

            DATA DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA : 28/10/1637
            PADROEIRA DO MUNICÍPIO: SANTA CRUZ, 14 DE SETEMBRO DE 1866, DATA EM QUE SE COMEMORA TAMBÉM A PAZ DE IPEROIG, SENDO FERIADO MUNICIPAL.
           
            LIMITES: Caraguatatuba, Natividade da Serra, São Luiz do Paraitinga, Cunha, Parati, Oceano Atlântico. Mais Informações: Comtur - Fone: (12) 3882 5382 / 3832 5136 E-mail: comtur@pratica.com.br Fundart - Fone: (12) 3833 7000 www.fundart.com.br
           
            ATRATIVOS CULTURAIS: Informações FUNDART- fONE: (12) 3833 7000.

            REGIÃO SUL:
            RUÍNAS DA PRIMEIRA FÁBRICA DE VIDROS DO BRASIL Distante a 25 km do centro da cidade, pela Rodovia Ubatuba - Caraguatatuba, no Bairro da Lagoinha, do lado esquerdo da pista. RUINAS DA LAGOINHA Situada no bairro da Lagoinha, com a entrada na Rodovia Rio-Santos sentido Caraguatatuba, km 72. Ruínas em pedra e cal da fazenda Bom Retiro, construída por volta do século XIX. È tombada pelo CONDEPHAAT.
            SÍTIO SANTA CRUZ O Sítio possui uma área que promove o lazer, entretenimento e esportes de aventuras, instrutores de esportes radicais e monitores ambientais.Localiza-se no bairro do Sertão da Quina, entrada pela Maranduba.             GRUTA QUE CHORA Situada na praia da Sununga, o acesso é feito pela Rod. Rio-Santos na altura da praia do Lázaro. Suas paredes são de segmentos vulcânicos e quando são emitidos sons em seu interior, as paredes vibram fazendo com a quantidade de água nascente que passa por cima da gruta caia do teto.
            PÍER DO SACO DA RIBEIRA Local de várias marinas e atracadouros, saídas de lanchas e Escunas que oferecem passeios turísticos. ILHA ANCHIETA Abriga ruínas de um antigo Presídio Estadual, desativado em 1952, e lindas praias. È muito comum os passeios de escuna até a Ilha, em virtude da sua rica beleza natural. Possui infra-estrutura de apoio. A pesca é proibida no perímetro da Ilha.
            REGIÃO CENTRAL:
            FAROL DA PONTA GROSSA Local de linda vista, estrada de terra com alguns pontos de asfalto liga a praia Vermelha do Sul, ao Farol da Ponta Grossa que ainda funciona.
            PATIEIRO Nome devido a um tipo de palmeira chamada Pati abundante no local.Fica do lado esquerdo da estrada da Ponta Grossa, local bom para a pesca, e bom para a prática de surf na maré baixa com ondulação de leste formando ondas de 1,5m até 4m.
            CRISTO REDENTOR Está localizado no bairro do Itaguá
            AQUARIO DE UBATUBA São mais de 70 espécies de animais marinhos, localiza-se no Itaguá.
            SERPENTÁRIO Exposição onde se pode observar as principais serpentes brasileiras, como a cascavel, urutu, coral, caninana, jararaca entre outras. Localiza-se no Itaguá.
            PROJETO TAMAR Desenvolvem um programa de proteção às espécies de tartarugas em extinção Possui uma base no Itaguá com exemplares, painéis fotográficos, biblioteca para consulta e ainda o Museu Caiçara.
            INSTITUTO DE PESCA Desenvolve, desde 1976, pesquisas em multicultura. O atendimento é das 8:00 horas as 17:00 horas, na Base de Pesquisa do Litoral Norte. Estrada do Cais do Porto nº. 2275
            CAIS DO PORTO Ponto de desembarque do pescado, atendendo aos grandes barcos de camarão e sardinheiro. Está localizado no canto sul da Baia de Ubatuba.
            PRAÇA DO CRUZEIRO Localizada no centro da cidade, onde o Padre José de Anchieta escreveu o "Poema à Virgem", ali se encontra também a Cruz da Paz de Iperoig, que simboliza o tratado de Paz firmado no Brasil entre portugueses e Tamoios (14.09.1563).
            CÂMARA MUNICIPAL Localizada na Av: Iperoig, 218 - Centro, construção do século XIX, antiga residência de Thomaz Galhardo, autor da primeira cartilha de alfabetização do Brasil.
            PRÉDIO DA CADEIA VELHA E CASA DA CULTURA CAIÇARA Atual Casa da Cultura Caiçara e Museu Washington de Oliveira. Administrado pela FUNDART. Localizado na Praça Nóbrega - Centro
            PRÉDIO DO POSTO DE PUERICULTURA Inaugurado em 1949 pelo grande e saudoso comunicador Assis Chateaubriant, hoje é a sede da Companhia Municipal de Turismo de Ubatuba - COMTUR.
            IGREJA DA EXALTAÇÃO A SANTA CRUZ Construída na 2ª metade do século XVIII, Localizada na Praça Exaltação Santa Cruz.
            PRAÇA PAZ DE IPEROIG Localizada no centro do município onde existe uma imagem da Nossa Senhora da Paz de Iperoig, abençoada pelo Papa João XXIII, como parte das comemorações do IV Centenário da Paz de Iperoig, em 14 de setembro de 1963.
            CASARÃO DO PORTO Concluído em 1846, tombado pelo patrimônio histórico. Hoje é sede da FUNDART - FUNDAÇÃO DE ARTE E CULTURA DE UBATUBA. Localiza-se na Rua Dr. Felix Guisard - Centro.
            MERCADO MUNICIPAL DE PESCADOS Fica no centro da cidade e tem uma estrutura que abriga cerca de 60 pescadores artesanais e alguns comerciantes.
            IMAGEM DE SÃO PEDRO PESCADOR Localizado no morro da Prainha do Matarazzo no centro do município, é uma homenagem ao santo padroeiro dos pescadores.
            ESTRADA DO MONTE VALÉRIO Estrada secundária que liga a rodovia SP 125 - Rod. Oswaldo Cruz, em frente à Subestação da CESP e vai até o bairro do Rio Escuro próximo a praia Dura, boa opção para fugir do tráfego na temporada.             REGIÃO NORTE:
            ROTA DA CASANGA Estrada secundária que sai do trevo do Perequê-Açu e vai até o bairro de Itamambuca, onde vivem artesãos que produzem peças de entalhes em madeira, gamelas, animais da natureza e outras belas peças.             BELVEDERE DA PRAIA DO FÉLIX É um ponto na estrada onde se tem uma vista panorâmica da mata Atlântica que se funde no imenso azul do oceano, tendo visão de várias praias e ilhas. Localizado no km 33 da Rodovia Rio-Santos, na Praia do Félix.
            PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR - NÚCLEO PICINGUABA Unidade de conservação que tem como objetivo principal proteger os ecossistemas costeiros representativos da mata Atlântica, dentro de seus limites estão as praias : Brava da Almada, Fazenda, Picinguaba, Brava do Camburi e Camburi e 3 (três) agrupamentos caiçaras. Possui um Centro de Apoio a pesquisa e a educação ambiental, voltado para a população local, estudantes , visitantes e pesquisadores. A sede é situada na praia da Fazenda, Rodovia Rio Santos, RUINAS DO ANTIGO ENGENHO/ CASA DA FARINHA Situada às margens na Rodovia Rio-Santos sentido Paraty no km 19 com a estrada à esquerda.                        
            CURIOSIDADE: SOLSTÍCIO DE VERÃO O Solstício de Verão Austral em 2002 ocorre no dia 21 de Dezembro às 22h12min e marca o início do verão no hemisfério sul. É quando a direção do Sol encontra-se no Trópico de Capricórnio assumindo na esfera celeste (céu) o seu afastamento austral máximo ao Equador Celeste. De qualquer lugar da Terra, o sol apresenta-se no céu nessa mesma direção, porém não é possível vê-lo da calota polar Ártica porque está abaixo do horizonte. De Ubatuba, onde passa a linha imaginária do Trópico de Capricórnio e as coordenadas são: 23°26'29'' sul e 45º04'34'' oeste, o Sol estará praticamente a pino dia 22 de Dezembro de 2002 às 12h e 58min. Nesse momento a projeção de sombras de objetos verticais ficará exatamente abaixo dando a impressão da inexistência da mesma. Observação: Ubatuba é a primeira cidade com concentração populacional do Globo, na linha do Trópico de Capricórnio. Assessoria: Dr. André de Castro Milone Pesquisador - Divisão de Astrofísica (Prédio CEA NOVO) - INPE/MCT Phone 55-12-39457209 / Fax. 55-12-39456811 http://www.das.inpe.br/~milone
           
            ARTESANATO TRADICIONAL: Tem suas raízes nos trabalhos em taquara, palha e vime produzidos pelos índios. Depois se mesclou com o barro e a madeira, utilizados com elegância pelos franceses que aqui se instalaram. Os artesãos do município na maioria produzem cestaria, trançado, entalhe e escultura em madeira.Os pintores tradicionais utilizam cores vivas e vibrantes sobre peças de cerâmica ou madeira modeladas e estruturadas com as mesmas formas desenvolvidas por seus antepassados. O comércio de artesanato local concentra-se basicamente nas lojas do centro e, nos sertões espalhados pelo município. Um dos pólos que podemos citar é a estrada da Casanga.

Fonte: Manual do Turista Ubatuba