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Antes da colonização portuguesa, a região de São Sebastião era ocupada por índios Tupinambas ao norte e Tupiniquins ao sul, sendo a serra de Boiçuganga – 30 km ao sul de São Sebastião – uma divisa natural das terras das tribos. O município recebeu este nome em homenagem ao santo do dia em que passou ao largo da ilha de São Sebastião – hoje Ilhabela – a expedição de Américo Vespúcio: 20 de janeiro de 1502. A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território em Capitanias Hereditárias. Nessa época a região contava com dezenas de engenhos de cana de açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-adminstrativa de São Sebastião em 16 de março de 1636. O desenvolvimento econômico prossegue baseado em culturas como a cana de açúcar, o café, o fumo e a pesca da baleia. O porto local, de grande calado natural, era utilizado para o transporte de mercadorias e também pelos navios que faziam o transporte do ouro das Minas Gerais, e também por piratas e contrabandistas. Na metade do século passado a região tinha 106 fazendas, onde 2185 escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de 1854. Centro de Informações Turísticas – fone:(12) 3892 1808 – e-mail: infoturistica@bol.com.br Cultura – Setec – fone:(12) 3892 2620 – e-mail: culturasetec@bol.com.br SETEC – SECRETARIA DE TURISMO ESPORTE E CULTURA O objetivo da visita monitorada é levar à comunidade noções, sobre a história de São Sebastião e a importância do patrimônio arquitetônico como testemunho do desenvolvimento do lugar. O conhecimento destes aspectos procuram garantir a preservação da identidade cultural do município. Esse trabalho é feito através de palestras
com a utilização de técnicas transparências e slides, traçando painel
da história, evolução urbana e técnica construtivas utilizadas em São
Sebastião. Após a palestra o grupo é acompanhado por um monitor que
percorre a área dos sete quarteirões tombados em 1969 pelo CONDEPHAAT
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico
e Turístico do Estado de São Paulo), além de alguns bens tombados isoladamente,
sendo alguns imóveis destacados na malha urbana não somente pelo seu
reconhecido valor arquitetônico, bem como por sua importância regional. Essa visita pode se estender aos bens
tombados que não se concentram na área do centro histórico, como a Fazenda
Santana construída em 1743 e o Convento Franciscano de Nossa Senhora
do Amparo, construído em 1664.
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PATRIMÔNIO CULTURAL -Meio ambiente - recursos naturais que tornam o sítio habitável; -Conhecimento - o saber
- fazer - capacidade de sobrevivência do homem no seu meio- ambiente. -Objetos, artefatos,
construções - obtidos através do saber fazer e do meio - ambiente;
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CONCEITOS DE PRESERVAÇÃO: -1937 Patrimônio Histórico
é definido como “conjunto dos bens móveis ou imóveis existentes no pais e cuja conservação seja de interesse público, quer
por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por
seu excepcional valor”...; -1964 - Carta de Veneza
- “O monumento é inseparável do meio em que se situa, pode ser modesto”
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TOMBAMENTO Órgãos Oficiais: -1937 SPHAN (Serviço de
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) -IBPC IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) -1969 CONDEPHAAT (Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico
do Estado de São Paulo); -1993 Divisão de Patrimônio
Histórico - Cultural - SECTUR - PMSS.
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FORMAS DE ATUAÇÃO - Registro no Livro
do Tombo - O bem tombado não
pode ser destruído; - Respeito a área envoltória; - Projeto de intervenção
deve ser analisado por órgãos de Patrimônio competentes; - Tombamento não pressupõe
desapropriação;
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BENS TOMBADOS EM SÃO SEBASTIÃO - Centro Histórico:
Igreja Matriz, Capela de São Gonçalo, Casa de Câmara e Cadeia, Praia
Hotel, Residência á Praça do Fórum e 07 quarteirões tombados. - Bens isolados: Fazenda Santana, Convento Nossa Senhora do Amparo e Capelas Caiçaras. ROTEIRO
VISITA MONITORADA
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IGREJA MATRIZ 1º GENERALIDADES A Capela era a sede do povoado, ocupando
a área urbana privilegiada, na sua frente era deixado um adro para festas,
reuniões e negócios, ao seu redor crescia um aglomerado de moradias
em escala humilde e irregulares.
A capela além de símbolo da religiosidade, exercia
sobre a população o papel político, social e institucional garantindo
o reconhecimento do aglomerado de fato e de direito, a oficialização
da capelinha e elevação da mesma à Matriz, significava a elevação do
local a condição de povoado. 2º ESPECIFICIDADES Entre 1603 e 1609 foi construída á
Capela em homenagem à São Sebastião, conta
a lenda que o local escolhido foi em decorrência a uma flecha atirada
por um índio Tupinambá. A partir de então, era na Capela que ocorria
todos os registros: nascimento, casamento, óbito, de terra entre outros.
A Capelinha era erguida em porções de terras privilegiadas, doadas pelo
sesmeiro ao santo padroeiro, ao seu redor, desenvolveu-se rapidamente
um aglomerado de moradias sendo cobrado dos mesmos um foro. Há dados
de que por volta de 1798 a Igreja estando em péssimo estado de conservação,
(em vistoria de mestres-pedreiros, constatou-se que em sua construção
de pedra, foi usado barro e areia, quase nenhuma
porção de cal), foi então reconstruída em 1819 com as características
da época: torre lateral e as volutas. Pode-se considerar que sua fachada
e planta-baixa possuem inspirações jesuítas (frontão triangular, apenas
uma porta principal, nave separada do altar-mor por arco cruzeiro, comuns
nas Igrejas mais simples dos setecentos). As colunas de sustentação
de madeira são originais. Endereço: Praça Major
João Fernandes, s/nº - Centro
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CASA DÓRIA 1º GENERALIDADES A casa da família Dória foi construída nos primeiros anos do séc. XX Constitui
um exemplo da arquitetura de transição entre a tradição
colonial, representada pela sua implantação, e a modernidade da virada
do século, presente na sua ornamentação de fachada. Em um período
de estagnação econômica vivido pela cidade, a Casa Dória é um dos raros
exemplares de arquitetura do começo do século no centro histórico, dominado
por casas coloniais singelas. Endereço: Rua Antônio Cândido, 214
- Centro 2º ESPECIFICIDADES A Casa Dória foi concluída em 1906, elaborada pelo seu proprietário
“Nhô Dito Corrêa”. Sua forma atual em porão alto,
foi concluída em três fases; a primeira é construção original
em forma retangular sendo composta pelas salas da frente, salão lateral
e quartos; a segunda, construída pouco tempo após a primeira é composta
por sal de jantar e cozinha, a última etapa da construção é formada
por banheiro e área de serviço. Surgia um novo tipo de residência, a
implantação do recuo dos edifícios aos limites laterais, usados como
entrada de serviço, era desvalorizado socialmente e freqüentemente ocultado
no exterior sob um pano falso de fachada, como a similar um prolongamento
da sala de visitas. A casa mistura várias técnicas construtivas, como
alvenaria de tijolos, tabiques de madeira e o tradicional pau-a-pique.
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CASA DAS JANELAS 1º GENERALIDADES Residência térrea típica do séc. XVIII, construção de pedra e cal se destaca no núcleo histórico
de São Sebastião por sua amplitude e localização privilegiada (Largo
da Casa de Câmara e Cadeia).De implantação colonial, as portas e janelas
estão no alinhamento da rua, o quintal voltado para a praia, marca a
função de despejo desta no período. Endereço: Rua Antônio
Cândido, 113 - Centro 2º ESPECIFICIDADES Implantada em esquina, no antigo Largo
de Câmara e Cadeia, esta casa mantém suas características originais,
como ter o limite do lote com a rua sem espaço vazios em sua frente,
determinação de Portugal para as construções da época. Casa térrea de
esquina, ocupa uma face de quadra e outras
duas parcialmente. Todos os vãos são em arco abatido com entablamento
de emboço. Os caixilhos de vidro das janelas são de guilhotina, as portas
da fachada foram fechadas com cimento, imitando as esquadrias originais,
a entrada foi invertida para o lado da praia, onde seria o quintal.
Possui pouca ornamentação, apenas cimalha e cunhais em estuque.
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CASA DE CÂMARA E CADEIA 1º GENERALIDADES Em 1636 São Sebastião devido ao desenvolvimento
de seu povoado, ascende à vila ganhando autonomia político- administrativa sendo necessária a implantação de
sua Casa de Câmara e Cadeia. A esta cabia legislar, administrar, policiar
e punir, executando jurisdição sobre caminhos, pontes, cessão de terras,
ruas, praças, estipular a localização da Casa de Câmara e Cadeia e um
largo defronte onde seria instalado o Pelourinho, seguindo normas da
legislação portuguesa. Os primeiros vereadores da Vila de São Sebastião
foram: Francisco Escobar Ortiz, Francisco Pinheiro e Nuno Cavalheiro.
Até 1636 São Sebastião seguia as normas estipuladas pela Vila de Santos.
A Vila de São Sebastião foi elevada a categoria de cidade pela lei provincial nº 20,08/04/1875. Endereço: Praça Brig.
Rafael Tobias de Aguiar, s/nº - Centro 2º ESPECIFICIDADES A Casa de Câmara e Cadeia acompanha
as características da arquitetura civil do séc. XVIII, como a fachada
simétrica, sua construção apresenta etapas típicas da técnica de alvenaria
de pedra, cal obtida da moagem das conchas e óleo de baleia. Guarda
aspectos comuns a esse tipo
de prédio público, na época, como a escadaria externa
e telhados de quartos água. As casas de Câmara e Cadeia da época geralmente
eram fruto de projetos de engenheiros militares portugueses, exigiam
técnicas construtiva sólida e uma arquitetura
imponente. A Câmara transformou-se rapidamente no órgão mais importante,
funcionando como órgão de caráter local. A eleição dos vereadores se
fazia de forma indireta, onde eleitores e candidatos deveriam ser escolhidos
entre os homens maiores de 21 anos, proprietários de terras e escravos,
excluindo-se os oficiais mecânicos, judeus, artesãos e comerciantes.
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PRAIA HOTEL 1º GENERALIDADES Sobrado construído no séc.XVIII com ornamentação típica da virada do século, não
comum em São Sebastião. Casarão de cidade com aparência portuguesa geralmente
seguiam padronização das Cartas Régias ou das Posturas Municipais. A
distribuição do casarão segue como exemplo da implantação portuguesa
do século XVIII com salas nobres na frente, alcovas no meio e ala íntima
nos fundos. Endereço: Av. Dr. Altino
Arantes, 84 - Centro 2º ESPECIFICIDADES Construção em pedra e cal nos elementos
estruturais, vedações de pau-a-pique nas paredes internas do andar superior
e utilização de tijolos nos arcos das janelas, estruturas e empena da
cobertura, estrutura do telhado em madeira. Possui decoração geométrica
na fachada diferenciando-se dos demais sobrados, marca um regionalismo
definido encontrado em Ubatuba e Parati. Esse sobrado
recebeu a denominação de Praia Hotel em 1940.
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CASA ESPERANÇA 1º GENERALIDADES Testemunho da prosperidade de São Sebastião,
a Casa Esperança possui a maioria dos aspectos característicos da arquitetura
civil e urbana do séc. XVIII. Sua construção em pedra e cal apresenta
fachada simétrica e ornamentação em pedra, seguiam padronização portuguesa
contida nas Cartas Régias e nas Posturas Municipais, onde as ruas eram
definidas pelos sobrados e casas térreas, devendo os mesmos ocupar limites
do terreno. Endereço: Av. Dr. Altino
Arantes, 154 – Centro 2º ESPECIFICIDADES Casarão de cidade com aparência típica
portuguesa, a Casa Esperança apresenta distribuição
comuns à época, onde a produção e uso da casa baseavam-se no
trabalho escravo. A residência da família era na parte superior do casarão,
já que habitar casa térrea de chão batido, caracterizava a pobreza.
Esse pavimento contava com três salões, era a ala nobre utilizados socialmente.
O forro de gamela apresenta pinturas com paisagens cariocas como ex.:
a chegada da Família Real no Rio de Janeiro, contava ainda as alcovas,
sala da Família, varanda, cozinha e serviços, onde ficavam os escravos.
O pavimento inferior do sobrado era utilizado como senzala ou comércio.
A Casa Esperança ficou assim conhecida por volta de 1950 quando pertenceu
a uma família de imigrantes italianos que montou um comércio com essa
denominação.
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ANTIGA SECTUR 1º GENERALIDADES Prédio construído por volta do séc.
XIX, teve importante papel no desenvolvimento
cultural do município, tendo abrigado por volta da déc. de
10 o Grupo Escolar “Henrique Botelho”, a primeira escola pública do
município. Foi neste espaço que se acentuou o envolvimento da comunidade
nos eventos promovidos pelo Grupo: festas, sessões literárias até a
criação de um centro de escoteiros em 1917. A partir da déc. de
60 passou a abrigar o Ginásio. Endereço: Av. Altino Arantes, 174 – Centro. 2º ESPECIFICIDADES Construção presa aos padrões coloniais,
como implantação nos limites do lote. Na construção
do prédio foram utilizadas três técnicas construtivas: a pedra e cal,
pau-a-pique e alvenaria de tijolos. A pedra e cal, utilizada nas paredes
externas, é técnica utilizada desde os primeiros tempos de colônia no
litoral brasileiro, onde há abundância dos materiais necessários à sua
composição, consiste na alvenaria de pedra com argamassa de areia, óleo
de areia e cal ( obtida de marisco triturados e queimados. O emboço para entablamento
de portas e janelas foi com massa e elemento cerâmicos. As divisórias internas, nas construções do séc. XVIII feitas
em pau-a-pique, neste caso são em estrutura de madeira com fechamento
de tijolos arranjos inclinados. O pau-a-pique foi utilizado em uma das
divisórias interna nos fundos, áreas menos valorizada da casa. Esta
técnica, usada desde os primeiros anos de colônia, foi largamente utilizada
em nossa região, marcando o modo de viver do caiçara. O uso do tijolo
foi difundido a partir da segunda metade do séc. XIX, conhecida como
técnica do tijolo inclinado sendo utilizado com a estrutura de madeira.
O prédio passou por grande reforma na déc. de
50 deste século, descaracterizando-o em grande parte. A cobertura foi
totalmente alterada, tendo sido a empena lateral demolida, todas as
esquadrias originais, o piso ( assoalho de
madeira ) e a forração trocada. Assim, em 1994, estando o prédio em
mau estado de conservação, optou por uma reforma que recuperasse os
elementos que caracterizassem a construção do séc. XIX,
foi realizada pesquisa através de material iconográfico, decapagem
e prospeção arqueológica.
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CINEMA 1º GENERALIDADES Construção de pedra e cal, típica do
período colonial em que o comércio portuário exigia a existência de
armazéns nas vilas de marinha. Esta quadra encontra-se no núcleo histórico
da cidade, sendo porém uma das mais descaracterizadas. Endereço: Av. Dr. Altino
Arantes. 212 - Centro 2º ESPECIFICIDADES A partir de 1920 sofre uma reforma
e adquire fachada comum a prédios dedicados a espetáculos no início
do século, porém com linhas simplificadas condizentes com a situação
econômica de São Sebastião no período. Funcionou como cinema mudo e
mais tarde, falado até a déc. de 60. Sofreu
importante revitalização em 1997 com a retirada dos toldos, deixando
à mostra a fachada do prédio e a técnica construtiva.
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CAPELA DE SÃO GONÇALO - MUSEU DE ARTE SACRA 1º GENERALIDADES Construída entre fins do séc. XVII
e principio do séc.XVIII, acredita-se que a
Capela de São Gonçalo seja fruto do ato de devoção de leigos. Foram
responsáveis pela administração da Capela os Carmelitas, os Franciscanos
e Padres seculares pertencentes à Diocese de Santos. Endereço: Rua Sebastião
Silvestre Neves, s/nº - Centro 2º ESPECIFICIDADES
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Constitui importante exemplar da arquitetura
religiosa da época colonial, sua construção em pedra assentada sobre
barro e o piso original deveriam ser de terra batida. Em 1969, 0 CONDEPHAAT tombou a Capela de São Gonçalo, seu precário estado
de conservação fez com que em 1978 fossem iniciadas obras de restauração.
Em 1980, decidiu-se que seria instalado o Museu de Arte Sacra. Em 1996,
as obras realizadas na Capela e no Museu procuraram devolver a integridade
ao monumento, sanando diversos problemas estruturais. A doação de novas
peças, a recuperação da Porta do Passo e projeto museológico e museográfico
da equipe do IPHAN de Parati, tornou possível a revitalização do acervo.
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SOBRADO “PRAÇA DO CORETO “ 1º GENERALIDADES Construção de pedra e cal típica de
núcleos urbano do litoral no séc. XVIII, é
um exemplar simples, serviu ao programa de uso colonial: comércio no
térreo e residência no pavimento superior. Endereço: Praça Major
João Fernandes, 248 - Centro 2º ESPECIFICIDADES Em 1994, o sobrado encontrava-se em
mau estado de conservação. A Prefeitura iniciou então uma série de estudos,
com apoio técnico do CONDEPHAAT, visando a
restauração do imóvel, o que ocorreu em 1996. Hoje encontra-se
instalada a DIVISÃO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL. BENS ISOLADOS
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CONVENTO NOSSA SENHORA DO AMPARO 1º GENERALIDADES Em meados do séc. XVII (1640), o sesmeiro
Antônio Coelho de Abreu doou terras e uma Capelinha de Nossa Senhora
dos Desamparados aos padres franciscanos. Estes a partir de então instituíram
em 1664 o Convento de Nossa Senhora do Amparo, tendo anexa a Capela
da Ordem Terceira. O Convento no início do séc. XX se encontrando em
ruínas, foi reconstituído pela Ordem entre 1932 e 1937. 2º ESPECIFICIDADES Sua construção em pedra e cal, foi feita por mão-de-obra escrava, o Convento segue as
linhas gerais das construções franciscanas do período. Pode-se dizer
que a Igreja tem o estilo conhecido como “barroco pobre”, possui uma
Igreja central, a ala esquerda formada pelo claustro, a ala direita
é dominada pela Capela da Ordem Terceira, hoje desativada. A
Igreja possuí o alpendre com três arcos, frontão triangular com
volutas e torre lateral. Apesar de ter sido modificado internamente,
externamente preservou-se a arquitetura original. O cruzeiro defronte
ao Convento era comum na implantação franciscana.
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FAZENDA SANTANA 1º GENERALIDADES É um exemplar de engenho de açúcar,
construída em 1743, possui um sobrado de pedra e pau-a-pique que abrigava
a residência, a Capela e um engenho. A propriedade compreendia também,
um aqueduto de pedra, senzala, um canavial, zona de mata para lenha,
postos. Todo trabalho era feito por mão-de-obra escrava. Endereço: Av. Manoel Hipólito do Rego, 1579 – Pontal da Cruz 2º ESPECIFICIDADES Exemplar típico da arquitetura rural
da faixa norte do litoral paulista. Foi construída num período de desenvolvimento
econômica da Vila de São Sebastião. Compõe-se de duas partes distintas,
cada uma ligando-se a uma época de seu ciclo econômico,
adaptado entre si e construindo um modelo peculiar da região.
A primeira parte foi construída em 1743 e compreendia a habitação, engenho
e uma divisão central com alpendre e aqueduto. O alpendre subsiste ao
lado da segunda parte, um corpo lateral construído em meados do séc.
XIX, quando foi iniciada na região a produção da cultura cafeeira. Na
parte dos fundos apresenta restos do aqueduto e casa de purgar. A capela
dentro da casa-grande, apresenta um retábulo
e várias imagens do séc. XVIII.
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CAPELAS CAIÇARAS 1º GENERALIDADES As Capelas Caiçaras foram construídas
entre 1920 e 1960, representando modelos semelhantes entre si. A ocupação
do solo pelo caiçara não aconteceu de forma planejada. Nas vilas, os
caminhos eram definidos pelas casas, até então sem muros, pois a família
possuía o costume de dividir o mesmo terreno. Uma área privilegiada
era destinada à Capela e devoção do Santo escolhido, muitas vezes, sendo
construída por esforço da população, com o dinheiro da pesca. A construção
das capelas era alvenaria de tijolos de barro onde a fachada e o
interior possuíam influências coloniais. A
singeleza dessas construções marcam um modo de vida e um momento
de ocupação de nossa cidade. 2º ESPECIFICIDADES 1-
Capela da Enseada Templo
dedicado a Bom Jesus, a fachada principal é composta por frontão em
pequenas volutas, que acompanham as duas águas do telhado ladeado por
pináculos e torre lateral, onde encontra-se
o sineiro. 2- Capela do Cemitério Municipal
Típica capela de cemitério: de pequenas dimensões, é utilizada
como ossário. A fachada representa a tradição de capelas de bairro no
Brasil, com resquícios de características
coloniais. 3-
Capela de Toque-Toque Grande
Marco da ocupação caiçara do bairro, possui
aspecto semelhante ás demais capelas da Costa Sul, construídas entre
1920 e 1960, possuem uma fachada geralmente compostas por empena ou
frontão triangular que acompanha as duas águas do telhado, pináculos
no fechamento deste frontão e sineiro central. Construção em alvenaria
de tijolos de barro. Devoção à Sant’Ana. 4-
Capela de Toque-Toque Pequeno
Construção de tijolos tipo “baiano, sua fachada e implantação
representa a tradição das capelas de bairro, caracterizadas pelas comunidades
caiçaras, não possui sineiro. Foi construída de pau-a-pique em 1932
sofreu reformas que alterou sua fachada. Devoção à
Nossa Senhora da Imaculada Conceição. 5- Capela de Paúba
Há uma simples ornamentação de desenhos geométricos na fachada
(tipo Bandeira do Brasil) de frontão triangular ladeado por pináculos
e pequeno sineiro. Devoção à Nossa Senhora
da Imaculada Conceição. 6-
Capela de Maresias
Possui como diferencial das outras capelas da Costa Sul, a torre
lateral. Seu interior é composto por nave e capela-mor separadas por
arco. Devoção à São Benedito e Sant’Ana. 7- Capela do Cemitério de
Maresias Típica
capela de cemitério de pequena dimensões, é
utilizada como ossário. Possui um só corpo de construção, com fachada
composta por frontão triangular que acompanha a empena, ladeado por
pináculos e apenas um vão, a porta de entrada sem esquadrias. 8- Capela da Imaculada Conceição
- Boiçucanga
Situada no centro da antiga vila dos pescadores, possui adro
frontal formado pela praça da mentira, local de reunião da comunidade
caiçara. Possui elementos geométricos na fachada. No séc. XVII,
foi erigida uma capela de pau-a-pique, no mesmo sítio onde foi
construída esta capela. Tendo ruído no início deste séc., a atual capela
foi construída por volta de 1958. 9- Capela do Sagrado - Boiçucanga
A capela foi construída na déc. de 50
deste séc., encontra-se na beira da br-101, Construção de alvenaria
de tijolos, possui fachada tradicional das capelas da região: frontão
em forma triangular, com sineiro central, acompanhando as duas águas
do telhado e ladeado por pináculos. A construção é composta por dois
corpos: nave e capela-mor, com sacristia, de pé direito mais baixo,
separados por arco-cruzeiro.
10- Capela de São Roque - Camburí Capela
simples, de pequenas dimensões, sua construção, provavelmente no fim
da déc. de 70 em alvenaria de blocos de concreto
e reboco grosso, representa a continuidade da tradição das capelas construídas
pelas comunidades caiçaras. Encontra-se num pátio rodeado por casas
de caiçaras, o conjunto de casas, sem alinhamento ou muros é típico
das antigas vilas caiçaras e a construção da capela é uma amostra significativa
da religiosidade desses moradores.
11- Capela de Barra do Say Implantada em local privilegiado, na
margem esquerda do rio Say, ao lado da ponte que faz a ligação entre
a vila e o local da capela
há uma casa (já reformada) onde eram feitas as rezas até a construção
da capela. O pátio frontal é utilizado para festas religiosas.
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